domingo, 6 de maio de 2007

Lúgubres lembranças do cavaleiro de ébano

Como fantasmas de um passado distante elas voltam e me atormentam.... e a carne, antes calma e satisfeita pelo simples fato de não mais desejar se contorce.... num simples fechar de olhos sua imagem se forma e em meros instantes o fogo me consome.... num delicioso e doloroso calor.... ouço músicas para tentar acalentar a alma inquieta.... músicas que parecem réquiens mas que trazem à tona sentimentos tão vivos e tão incômodos quanto o agudo som das cigarras.... e a tormenta toma conta de mim.... confusão e caos.... quero te ter mais uma vez, teu corpo junto ao meu.... no meio de toda essa tortura, não resisto envio uma mensagem.... uma patética e tola mensagem de um tolo que não consegue esquecer uma paixão.... um devaneio.... olho suas fotos e respiro lentamente como se naquele ar que também a viu existisse seu cheiro... seu doce cheiro de chocolate.... seu cheiro de mil poemas de amor.... mensagem enviada.... nenhuma resposta.... vejos as horas escorrerem pela ampulheta como lágrimas que escorrem pelo rosto daquele que vê um sonho despedaçado.... vejos os grãos de areia caindo um sobre o outro.... só não vejo o brilho do pequeno aparelho que teima em ficar apagado como uma lápide que tem como epitáfio as horas e os minutos.... queria te entender.... passo dias elaborando hipóteses sobre o que se passa nessa linda cabecinha.... o que acontece do seu lado do telefone.... e, no entanto, meu maior desejo é não pensar em você....

Como é estranho ter doces lembranças de você....

Um comentário:

Princesa Sisi disse...

legal legal, so nao gostei mto como vc mescla uma escrita empírica, ou poetizada, de ideias abstratas com um mundo cotidiano e tal e pa, mas whatever. =]